AVISO: se você tem menos de 100 esmaltes, esse post não é para você.

Brinks, gente. Mas vamos entrar aqui no consenso que pra gente considerar que alguém tem muitos esmaltes, tem que ser pelo menos uns cem, vai haha

Nesses mais de dez anos de blog (pois é) e gostando de esmaltes há muito tempo a ponto de ter uma coleção considerável, é super comum ser questionada sobre a durabilidade dos esmaltes. Não nas unhas, mas sim, nas prateleiras. “Eles não estragam? Não resseca? Não fica duro?

                                                 Algumas alterações comuns em esmaltes

Como todo produto cosmético que existe, esmalte tem sim uma durabilidade, um tempo de vida útil, digamos assim. Mas geralmente aquela data de validade impressa nos rótulos não condiz muito com a realidade. Aqui no blog já postamos dezenas de esmaltes vencidos que ainda estão ótimos, assim como já mostramos esmaltes que mudaram totalmente a cara e estragaram mesmo dentro do prazo. Os problemas mais comuns são o ressecamento e a mudança de cor. Os pigmentos infelizmente não são eternos.

Por isso, temos algumas dicas de como prolongar a vida útil dos esmaltes e como recuperar alguns casos quando você acha que já está tudo perdido.

  1. Dê preferência para guardar seus vidrinhos em pé. Em outra posição eles podem vazar ou evaporar mais facilmente.
  2. Esmalte tem que ficar longe de grandes alterações de temperatura e longe da luz e da umidade. A luz direta e forte pode fazer os pigmentos se alterarem antes da hora. Guardar esmalte no banheiro ou na geladeira também não rola.
  3. Feche bem a tampa! Várias vezes eu já fiz meleca em casa por conta de esmalte com a tampa mal fechada. Rosquear direitinho evita que o esmalte evapore rápido. É importante limpar bem a boca do vidrinho porque aquele esmalte acumulado seco vai fazer com que a tampa não vede direito ou que você só consiga abrir o vidro com o dente depois (não recomendo haha).

Aqui na foto abaixo, uma amostra de uma das gavetas da minha cômoda de esmalte:

Antes eu organizava tudo super direitinho, hoje eu tento deixar separado por marcas e coleções dentro das marcas. Mesmo assim ainda é difícil deixar tudo bonitinho, já que a gente tá sempre mexendo neles, tira e põe da gaveta o tempo todo. No entanto, o importante é que aqui eles estão em pé, protegidos da umidade, da luz e do calor.

E o que fazer quando já deu ruim?

  • Se o vidrinho estiver ruim de abrir porque o esmalte da boquinha secou: tenta colocar um elástico em volta da tampa do esmalte. Aquele de dinheiro mesmo, sabe? A borracha vai dar mais estabilidade e firmeza (alô, Risqué, estou falando com você) para abrir a tampa. Aqui eu mostro em vídeo essa dica. Se não der certo, tente aquecer a tampa em água morna. Mas só molhe a tampa, pois ela dilata com o calor e facilita a abertura.
  • Se o esmalte está muito duro e ressecado, dá pra recuperar com diluente de esmalte, que é um produto específico para isso. Tem gente que usa acetona e eu não recomendo. Por mais que pareça funcionar na hora, a tendência é que a fórmula do esmalte piore depois. A lógica do uso do diluente, é que ele repõe o produto que evaporou do esmalte e deixou ele ressecado. Também dá pra usar óleo de banana, pois alguns deles tem esse componente na composição, que ajuda a recuperar.
  • Bom, mesmo se o vidrinho tá em pé bonitinho e guardado há muito tempo, é normal que alguns componentes se separem deixando aquela “aguinha” na parte de cima do esmalte como aparece na primeira foto. Caso isso aconteça, o esmalte não estragou. Normalmente é só dar aquela sacudida caprichada para fortalecer o bíceps e pronto. Só não esqueça de verificar se a tampa está bem fechada e segurar bem o esmalte para ele não ir parar no teto. Mas só faça isso se não for usar o esmalte logo em seguida, senão vai ficar cheio de bolinha na unha. Antes de usar o esmalte, no máximo role ele nas mãos devagar, ou sobre uma superfície, como mostro abaixo. Assim, você mistura os componentes sem deixar o esmalte com bolinha na unha.

  • E se o esmalte mudou de cor? Daí a gente só lamenta, mesmo. Aqui na foto abaixo eu tenho três Essies que comprei na mesma época, há quase dez anos. Da esquerda pra direita é o Watermelon, Mesmerize e Bermuda Shorts. O Bermuda é o único que mudou de cor, ele deu uma leve desbotada e ficou apenas um rosa neon, sendo que ele tinha uma pegada levemente arroxeada lindíssima. Na primeira foto do post mostro o Azulle da Ludurana, que era um azul arroxeado incrível e ficou lilás morto. Um minuto de silêncio 🙁

É importante não inventar demais e colocar cravo, alho, cola instantânea em esmaltes. Tem gente que coloca isso achando que vai fortalecer as unhas, mas isso só ajuda a cagar estragar o esmalte, além de ser perigoso.

Outra coisa é que dentro ou fora do prazo, se o esmalte apresentar odor muito diferente do normal, uma cor esquisita ou qualquer outra alteração esquisita, tome cuidado. Melhor descartar o produto e usar um novo. Pra finalizar, atenção a quem tem mais sensibilidade a produtos químicos em geral. Se for usar esmalte vencido, tome ainda mais cuidado.

E uma dica geral: não compre muito esmalte, para dar tempo de usar todos antes que eles estraguem (pena que essa é a única dica que não consigo seguir à risca).

  1. July says:

    Acho que depois de “mas vc só tem 10 unhas nas mãos!” a coisa que mais escuto é “pra que tanto esmalte? Eles estragam logo!”
    Tenho uns esmaltes com mais de 10 anos e ouso dizer que alguns estão melhores que muitos novos! Com tudo em ordem, inclusive a secagem! Principalmente os Colorama… Eles envelhecem muito bem rsrsrs…
    Só tenho uma discordância… Alguns esmaltes eu guardo na geladeira rs… Os termos e aqueles com pigmentos que é possível desbotar… Queria saber dessa dica antes de perder meu Bermuda Shorts :(((
    Tenho conseguido manter por mais tempo esses guardando assim… 🙂

    • Camila says:

      Eu não tenho nenhum esmalte térmico, então não sabia do negócio da geladeira pra eles. Mas mesmo com os esmaltes comuns, o que eu já recebi de orientação dos próprios químicos das marcas é que não precisa deixar na geladeira. Parece que a luz direta é a pior coisa pra desbotar pigmento.

      • July says:

        Parece que o negócio térmico que faz mudança de cor não sobrevive bem na nossa terra calorenta ou com tanta variação de temperatura…
        O mais louco é que eu tinha 2 Dance Legend térmicos e que morreram pq na época eu não sabia que colocar na geladeira ajudava a preservar… Mas as cores em que eles morreram eram bonitinhas e no dia em que fiz minha tapaué de esmaltes coloquei eles lá… E não é que parece que ressuscitaram? :O
        Voltou a fazer mudança de cor… Muito, muito bizarro hahaha…
        Além de deixá-los na geladeira eu protejo cada vidrinho com papel alumínio, justamente por causa da luz da geladeira… Os magentas arroxeados maravilhosos tem sobrevivido bem assim… 🙂

        • Carolina Ribeiro says:

          Também ponho os roxos que tem potencial para desbotarem na geladeira:enrolo no papel alumínio e ponho numa caixa na parte de baixo. Tem dado certo,estão “vivos”.

  2. Magda says:

    Para abrir esmalte de tampa emperrada, basta deixar uns minutos num mug cheio de água quente – 60°C basta. Repetir se preciso.

  3. Raabh Aquino says:

    Ótimas dicas!
    Hj em dia tenho mais ou menos uns 1.600 exemplares(vários deles por ~culpa de vc huahuahaua), muitos deles desde os primórdios de minha coleção, lá em 2012, e continuam ótimos.
    Limpar o bocal após usar os esmalte é necessário.
    A geladeira serve para os térmicos, fora dela, o pigmento estraga muito rápido.
    Diluente eu só uso os que são apenas etil acetato e butil acetato. Ou acetato de etila. Não tive experiências boas com os demais.

    Ótimo post!

  4. Evelise says:

    Eu deixo os meus esmaltes em caixas plásticas, separados por marcas, e dentre as marcas eu separo em coleções. Essa semana limpei as caixas e dei uma geral nos vidrinhos, jogando fora aqueles que não consegui recuperar de jeito nenhum ou que mudou completamente a cor, virando aquela água suja.
    Não costumo fazer as contas de quantos vidros eu tenho, mas deve beirar os 1.000, sendo que nessa limpada já separei alguns que vão pro desapego. E um ano de luto por alguns lindos e bastante usados que faleceram (Essence Make It Golden e Nfu Oh nº 51).
    Essas dicas já são uma constante na minha vida, menos a última… Não consigo ficar sem comprar meus esmaltinhos!

    • July says:

      Meu NFU 51 perdeu o pigmento roxo…
      Achei que ele tivesse morrido tbm, mas a parte dos flocados tá perfeita… Será que não dá pra usar mesmo assim? Ele fica lindo sobre qq esmalte ainda…

        • July says:

          vc não vai mandar ele embora então, né? Rsrsrs
          To aqui preocupadíssima por ele XD XD XD

          • Evelise says:

            Nem pensar em mandar embora, já testei ele como cobertura, fica lindo!!!! Tenho alguns esmaltes falecidos (Mrs. Robinson e Covered in Diamonds da Color Club, She Walks in Beauty da A England, dois da Bootie Babe) e eu guardo os vidrinhos, esses não jogo fora nem morta!

      • Evelise says:

        O pigmento roxo desapareceu, ficando somente o flocado dourado. Eu vou postar a foto dele lá no grupo do Facebook, aí você vê como ele ficou, ainda é bonitão, só não é mais roxinho.

  5. Amanda Costa says:

    Essa dica de não compre muitos esmaltes,só comecei a seguir depois de acumular mais de 1500 vidrinhos kkkk. Só não consigo proteger meus esmaltes do calor, moro no sertão de Goiás. Uma coisa que já notei é que vidros nunca abertos ou pouco abertos, conservam mais. Concordo com a July sobre os Coloramas, eles tem vida longa, são as tartarugas dos esmaltes hehe.

  6. Eliane Prado says:

    Eu não sei, mas parece que a Colorama tem um segredo aí pros esmaltes durarem anos a fio, kkkk, todo mundo concorda que eles, mesmo velhos e com um nadica no fundo do vidrinho, continuam bons.
    Outros que noto que tem vida mais prolongada são os Avão e os Hits – ao menos os cremosos, pq tens uns glitters da Hits que, infelizmente, nem com diluidor voltaram à vida, os glitters desbotaram e ficou uma coisa horrorosa.
    Eu tento seguir a dica de limpar os vidrinhos e guardar em pé em local sem alteração de temperatura, mas deixar de comprar mais esmaltes é complicado, tem dias que eu vejo um tom de azul ou esverdado levemente diferente dos que eu tenho e não resisto 😀 .

    • Camila says:

      Tenho mais Risqué que perdeu a cor que Colorama… Bizarro. E vários Hits só ressecaram, mas recuperei com diluente.

      • Magda says:

        Eu tive um Risqué que “comeu” o pincel. Ele simplesmente desapareceu, não sobrou uma cerda para contar a história. Acho até que tirei foto porque ninguém me acreditaria.

  7. ambd says:

    Já me desfiz duas vezes da coleção, parte pq quis ser minimalista (cof cof ºº), parte pq estragaram, já que eu guardei numa necessaire, jogados, ó dó.
    Na minha parca opinião, óleo de banana estraga esmalte a médio prazo, só funciona na hora. Não uso mais, nunca, só diluente.
    Hoje eu deixo na caixa, por marca, tenho menos de 150 e cheguei no limite haha
    refiz a coleção com os clássicos, adicionei metálicos e holo, e coloridos na medida da moda.
    Tenho esmaltes vencidos, nunca usados, em perfeito estado de viscosidade; secagem, não sei, mas já temos os secantes com disiloxane né?
    Dos quase ou vencidos, os Colorama que quase sempre mostram primeiro sua farinha, seguidos dos STudio35 com os pigmentos laranjas :/ Dos Risqué, nunca tive os coloridos mais antigos, meus vermelhos e escuros, nunca decantaram.

    • Camila says:

      Eu entrei na vibe minimalista, mas sem incluir os esmaltes na história hahhah Óleo de banana eu uso nos esmaltes que não gosto tanto. Nos queridos só diluente mesmo.

    • Bianca de Neve says:

      risqué eu reparei que o pigmento branco decanta no fundo e altera a tonalidade original do esmalte. é muuuuito sutil. se vc pegar um frasquinho que ficou meses/anos parado e passar direto nas unhas, a cor vai estar de um jeito. se vc sacudir ele, deixar “remisturar” todos os pigmentos, vai notar que vai ter mudado e voilà, aí está a cor exata do esmalte (acho que nunca tive risqué que mudou de cor)

  8. Daniela B. says:

    Minha nossa, que susto ver o Mesmerize junto com o Bermuda Shorts, já não chega ter comprado o dito cujo e ele ter falecido depois de um uso, ou nem isso [cries in LPE language]. Resisti à tentação de comprar outros semelhantes. Sigo tudo mais ou menos a risca, principalmente a de guardar ao abrigo do sol, me dá gastura o povo com aquelas prateleiras imensas. O calor também é evitado por motivos de Curitiba, hahaha, gostaria também de comprar menos, até que sou controlada, malemá passei dos 300, ainda é um número administrável. Obrigada pelas dicas e espero que consigam manter uma regularidade nos posts. <3

    • Camila says:

      O Mesmerize tá interirão aqui, grazadeosa! Mas dez anos de esmalte, né. Dá pra entender que nem todos sobrevivem. Foda é morrer justo um que não tem nem dupe que preste.
      Curitiba não tem calor, eles dizem hahahah
      Estamos mantendo a regularidade dentro do possível. Não desiste de nóis

  9. Paty says:

    Adorei esse post!! Eu hoje não passo dos 100, então tô dentro hehe
    Sinto a maior falta de qdo a febre do esmalte explodiu, nessa época eu era louca do esmalte mesmoooo…comprei muito! e qdo a gente queria ver foto de algum lançamento era só escolher ou comparar… Tinha um monte de blogs!
    Ainda bem que o LPE permaneceu!!! 🙂

    • Camila says:

      A gente ainda adora esmalte, mas acabamos ocupando nosso tempo com tantas outras coisas, né. Queria voltar no tempo de ter mais sossego de ficar visitando perfumaria pra comprar tudo que é cor hahah

  10. Luciana says:

    Camila amei essa enquete, pois estou dentro da linha com mais de 100 vidrinhos kkk. Suas dicas foram ótimas, tirou umas duvidas que tinha. Enfim, “vida longa aos nossos queridinhos”.

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